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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

BioShock Infinite O teto de vidro da cidade voado


As duas visitas a Rapture foram únicas. Por mais que a sociedade utópica tenha fracassado e dado origem a um dos locais mais hostis do fundo dos mares, mergulhar naquele pequeno universo para entender sua origem — e sua queda — prendeu os jogadores em dois excelentes títulos. No entanto, chegou a hora de sairmos da água para explorarmos os céus de Columbia.

Porém, o que devemos esperar da cidade que paira entre as nuvens? Embora a Irrational Games tenha sido bem generosa nos diversos trailers liberados até agora, pouco sabemos realmente sobre o local. Afinal, o que há de errado com ele para termos de fugir e explodir tudo? Pois chegou a hora de conhecermos o que há de podre escondido por trás dos sorrisos da vida perfeita em BioShock Infinite.
Um sonho frágil
Estamos em 1912. A tensão entre as grandes nações europeias caminha para uma inevitável guerra mundial. O espírito imperialista está em seu auge e os movimentos nacionalistas ganham cada vez mais força, abrindo espaço para ideologias incrivelmente radicais.
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É em cima de tudo isso que Columbia é construída — tanto literal quanto figurativamente. Por isso, mais do que ser uma “sociedade perfeita” no sentido de apresentar uma relação considerada perfeita entre seus cidadãos, a fundação da cidade se baseia exatamente em eliminar aquilo que “macula” o mundo, sobretudo em termos étnicos.
A questão racial é uma questão constante em BioShock Infinite, algo que é apresentado de diversas maneiras ao longo da trama. Tudo isso por conta dos constantes combates entre a liderança de Zachary Comstock — tido como um profeta — e seus ideais ultraconservadores e a existência da Vox Populi, um grupo rebelde que luta exatamente pela maior participação dessas minorias dentro da Columbia.
É nesse momento turbulento que Booker DeWitt chega à cidade aérea. Contratado para resgatar Elizabeth, uma misteriosa garota que está presa em uma torre nos céus, ele precisa não apenas sobreviver aos constantes conflitos entre as duas forças políticas do local, como também mergulhar cada vez mais fundo em seus segredos — principalmente após se encontrar com a menina.
Imersão contextual
Para apresentar um pouco das novidades de BioShock Infinite, a Irrational Games liberou uma demonstração com as três primeiras horas de jogo para a imprensa internacional. No entanto, quem esperava que esse início relativamente longo fosse apresentar todos os detalhes do enredo se enganou.
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Um dos grandes méritos do jogo é criar uma ambientação contextual da realidade e dos problemas de Columbia. Isso significa que a situação não é entregue detalhadamente para o jogador logo de início, mas a partir de pequenos trechos de diálogos e dos arquivos de áudio que o herói encontra em seu caminho. Até mesmo elementos visuais ajudam a contar essa história.
Embora seja uma narrativa bem diferente daquela com que muitos jogadores estão acostumados a lidar, trata-se de uma ótima maneira de fazer com que você fique constantemente interessado em conhecer aquele local, assim como sua história e seus problemas. Trata-se de uma série de camadas que só são apresentadas à medida que você se aprofunda na estrutura da própria sociedade.
Um espetáculo aéreo
No entanto, ao deixarmos toda questão política e social de lado por um momento, podemos ver que Columbia tem muito a oferecer para o jogador. A começar por sua própria construção. O simples fato de ser uma cidade construída nos céus faz com que muito do visual apresentado seja fantástico.
Um dos grandes méritos da Irrational foi tornar a ambientação bastante verossímil. Além de sua arquitetura peculiar, os detalhes da cidade estão espalhados por todos os cantos, seja nos cartazes do governo e do Vox Populi espalhados pelos edifícios quanto na própria rotina da população. Como apontado pelo site VG24/7, trata-se de um convite ao jogador para explorar cada área em busca desses elementos.
Outra possibilidade inédita em Infinite é a de transitar entre as diferentes áreas de Columbia a partir de cabos, quase como em uma tirolesa. A novidade já havia sido apresentada anteriormente pela produtora, mas teve uma recepção ainda melhor por parte dos jornalistas que a testaram.
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Ainda segundo o site britânico, utilizar esse meio de transporte é incrivelmente divertido e se assemelha a uma montanha-russa, principalmente por conta da confusão que é se pendurar em cabos a milhares de metros no céu.
Entrando em combate
Ok, toda essa ambientação é muito interessante, mas o que realmente vai prender os jogadores é o sistema de combate. Já que o título encara o início de uma guerra civil, que tal vermos o que há de novo nos confrontos de BioShock Infinite?
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Embora a franquia tenha deixado as lembranças de Rapture no fundo do mar, as mecânicas básicas permanecem praticamente as mesmas dos dois primeiros títulos da série, ou seja, combinando o uso de armas de fogo com habilidades especiais. No entanto, isso não significa que a jogabilidade de Infinite será um grande mais do mesmo.
Assim como na cidade submarina, Columbia também possui uma espécie de droga capaz de alterar o DNA de seus usuários, permitindo que eles usem poderes especiais em determinadas situações. Batizada de Valors, essa novidade se alimenta de uma substância chamada Salts para ser usada, exigindo que o jogador pense duas vezes antes de executar um golpe para não sofrer futuramente contra um Songbird, por exemplo.
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Esse “uso econômico” já é sentido logo de início. O VG24/7 afirma que Booker tem acesso a uma grande variedade de Valors logo de início, mas que somente algumas podem usadas exatamente pela baixa quantidade de Salt disponível. Isso serve tanto para impedir que o personagem se torne incrivelmente poderoso já no começo do game, mas também dá a liberdade para que cada indivíduo desenvolva uma estratégia de acordo com aquilo que melhor se encaixa em seu estilo.
Fora do seu caminho
Tão logo a Irrational revelou que o protagonista de BioShock Infinite não estaria sozinho em seu passeio por Columbia, muitos jogadores já temeram o pior. Afinal, a grande maioria dos jogos que contam com esse tipo de presença também era acompanhada de muita frustração em tentativas de proteger a mocinha do perigo. Como poderíamos evitar que Elizabeth fosse morta por um Songbird quando sabemos que nem mesmo o protagonista está a salvo?
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A boa notícia é que você não precisará se preocupar com ela, já que o estúdio fez questão de equipá-la com uma inteligência artificial decente e que realmente faz jus ao nome. Em outras palavras, assim que o tiroteio começar, ela vai procurar um abrigo e permanecer longe enquanto restar alguma ameaça, permitindo que você possa se concentrar naquilo que realmente importa — sobreviver.
Além disso, a IA de Elizabeth também serve para ajudá-lo a encontrar itens e a conhecer detalhes de Columbia que poderiam passar despercebidos em sua missão. E mais do que mostrar a paisagem da cidade voadora, ela também vai revelar a localização de armas e de Salts, o que faz dessa amizade muito valiosa.

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